domingo, 5 de dezembro de 2010
Dez anos depois...
sábado, 20 de novembro de 2010
Funil
É um mundo tentando escorregar em meu funil
E quando toco à tinta o papel
Seus elementos excitam por matéria
É pra ficar bunito
Pra se enfeitar de mim
Ora mundo... Tu és enxurrada
E eu só batalha de dedo e fronte
Não me conte tanto.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
12/10/2010
Jogo decisivo do Bahia que pode levar o time à primeira divisão do campeonato brasileiro, se não me falhe o futebol. O som da rua diz “vamos subir, esquadrão!”.
Eu e Téu aqui no quarto compartilhando do momento em seus deveres de casa das aulas de música. “Diz pra eu ficar mudo faz cara de mistério...”. O som do seu violão é único em uma peculiaridade encantadora para a coruja que se enfesta da noite gabando o toco. “Longe do meu domínio, ‘cê’ vai de mal a pior...”. Já canto pausas quando as recordo ou acompanho no rádio. Agora, para mim, outras canções. Canções novas. “O que você precisa é de um retoque total...”. Se careço... Ter esse retoque total de cada dia, a cada dia porvir. Aprender a aprender em idades de metabolismos lentos, tão difíceis de se retocar por dentro.
“O que ilumina é a cabeça, cumade!” Sobre costumes tão iguais e ociosos, ele retruca. Concordo que corpo responde ao comando, Téu meu. Ilumino com sua capacidade de meia idade e inteiro dispor de viver aceleradamente em teu cenário, contrário a ti. Canta, pedala, viaja, cozinha, veleja.
Goza o menino descanso de árdua jornada nada de corpo. Nasce da mente ao menino levado, que bem educado à mentora responde, com palavras que me tocam tanto quanto aquelas canções.
E assim vivem em harmonia de tocador e viola, afinados em si, convidando para uma dança.
Dançam meus braços sobre pernas sentadas. Cruzadas. Coração de pouco peso, cabeça repousando no mundo... Mundo convidando viver.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Silêncio.
Os homens falam, e falam, e falam, e falam...
Sugerem o desespero de um dia calar
Tudo o que vêem, sentem, ouvem... Lançam a falar
Ora sem preparo, sem reparo. Incoerente
Sem ciência do poder apaixona , magoa, ama e decepciona
Verbo ponte e a voz seu percurso
Palavra itinerante e o sentido seu curso
Palavra é rebanho no mundo
Amamentada e forte, perdura
Pré-matura à sorte, morre. Ou mata.
Minhas letras o querem, vento
Pobres meninas eufóricas...
Travam batalhas em aparecer
Vitrola já não canta música de ouvir
E eu vou ao mundo sem dizer.
Sábio sorri do Silêncio.
foto: Natureza França
Em João Pessoa o sol nasce em silêncio. E diz tanto...
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Maria Calma.
Uma calmaria...
É Maria calada
Cala Maria
Mal vista molhada
Molho de trancas enferrujadas
Rudes,invadem Maria acatada
A ferem
Fala Maria com água
Derrama calmaria calada
Coração de Maria gelada
É ferida cicatrizada
Quieta menina bulida
Lamento precede
Maria cega de mágoa bendita
Gemida e sofrida
Abre-te ao desejo
Cede...
Excita-se crespa Maria
Que ria
Queria...
Acreditaria não mais calar
Sorria relutando acreditar
Todavia ia e vinha
Sabia...
Arrepio fora calmaria
E Maria calejada
Ainda calada
Via-se cálida em teu horizonte
Atrás do monte, plácida, dormia.
Maria é a cor do céu depois que o sol se vai. Todos os dias, belo. Todos os dias, calmo. Todos os dias, Maria.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Poligamia
Quisera lembrar narrar esse encontro
Tuas correntes ainda tecem o fluxo orgasmo
Nobre máximo...
Tua calda gelada excita
Brinca com sol de aquecer
Vento faceiro,frio derradeiro
A marionete seduzida
O soberano encantador
Lanço mão vozes formosas
A ouvir teu choro
E outras vozes lhe cantam
Todas elas belas
Longe dos que passam canta pai d’água
Perto dos que tem, águas do meu pai
Declaro esta hora libertina liberta
Abertos braços separam pernas
E suam juntos
Juá,Petró,o Chico e eu.
Juazeiro, 04/09/2010.
eus homens meus
Viro observando os homens que me tem e também os que me passam
Seus dias, noites, graças, rancores e mais...
Nossos, aliás.
Cretino. Maldito. Pensamento me fugiu
Comum ao corte do abrir bolsa e raptar caneta
Captura-me a quebra
Corta ela a ponta do pensamento
O lança no vento
Hoje escolhi não sentar à mesa, no bar.
Talvez não me embriague
Somente brigas e pazes
Acomodei-me longe da canção
De olhos e vozes
De seus agouros
Agourei-me.
Às vezes careço longe de todos e de mim
E mesmo que o fio do meu diálogo oculto se parta ao frio fluvial
Sere eu mais quieta. Tantas mais eu.
A fervura que me aquecem os que passam me parece parecer
E dentre os que me tem, sei parecer distante do ser
Os homens que me passam são previsíveis, relevantes
Certas feitas desprezíveis.
(...)
Escuto minha música entre eles. Entro em mim e vou.
Escrachos
É curso, molécula
Não irrita os olhos
Irriga a alma
Trata dela com sabedoria
Claro dia logo chega
Espera não...
A noite tece frio e cobertor
Lembranças tuas tão dignas
Divinas vividas por onde passou
Lança nas águas mágoas calmas e afins
Finda almejo e vê o que vejo
Cristais dançam na palma do Chico
Aquele com quem te deitas
Irriga tuas entranhas e quebra tuas represas.Publicar postagem
Salvador, 05/09/2010
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
mensageiro.
Tempo traga a fumaça do meu cigarro e sopra tua brevidade em frente minha ocupada previamente. O que previa mente.
Do que posso ver ainda fraquejo certas ondas; e até almejo remo valoroso de pinho e maçaranduba, quiçá linhagem reflorestada tragando minhas mãos abraçadas apertadas calejadas numa força sísmica que sopra vento molhado para bem longe... E bem perto.
Eu sei de tu, seu vento. Desde aqui assentada carrego meu queixo te vendo. Já faz tempo, era longe... E perto.
Menino à elegância do teu verbo nobre sábio fugaz.
És largo num triz
Rico de fome
Surdo no carnaval
Eu te sinto, seu moço. Te existo. És longe... És perto.
Tic... Tac... Tic. Tac. Tic; tac; tic, tac, tic tac, tictac tictactqtq.
domingo, 15 de agosto de 2010
relações.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Vísceras
Quanto mais dentro mais centro mais denso
É podre dentro do outro
Meu é mais
Temo sede do dentro a me beber
Em trecho mal vejo a escuridão
Cavo-lhe túmulo por ressurgir lamentoso
Vira de um tudo no refúgio tenebroso
Contudo somo arquivo
Ví-lo em tuas vísceras
As que saboreava dentro de mim.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Natal, a cidade que guarda nossa gente.
Com os recém-chegados, anfitriões vão para trás das cortinas.
Não é comum ver índios nas faces de Natal mas atente aos seus cidadãos, faça uma viagem à Bahia, ao Amazonas... Sinta os traços do nosso povo infiltrados em sua identidade. Veja, eles ainda são índios. Muito mais que eu e você. Serão, para sempre, Potiguar.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Essa natureza...
“Se minha flor fosse uma rosa a graxa seria minha frô desabrochada à beira da estrada, escancarada com farto sorriso que o vento lhe deu
E eu fico bem confuso no conflito de qual graça arremata insaciável coração
Até cavei um canto meu a cada perfume e não encontro modo de separar
Nem que eu quisesse, amordaçado mais que jardim cercado
Só queria um tiquinho de suas cores e levantar minha bandeira de amor dado por satisfeito
Só duas... Só tuas divididas cores nacionalizam apreço meu
Fertilizo de paixão nessa grama; nesse chão
Nas mãos a terra comprimida
Por todo o resto suas folhas
Adulando botão do orgasmo
Ah... Essa natureza.”
Ao meu filho.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Rede Globo. Campeã da Copa de 21010
Não sou amante da televisão aberta, mesmo assim ela teve grande poder sobre minhas atenções durante os jogos da copa. Só não previa o meu bombardeio mental, retribuição involuntária ao seu massacre midiático envolvendo o campeonato mundial. Adriana Colin com seus olhos embriagantes, Cissa Guimarães pequena e graciosamente convincente, e como apelo final, “Ô louco meu”. Uma equipe de peso não tão mais pesado suportada por todas as operadoras de telefonia móvel. Todos contra um! O Brasileiro rendeu-se às clemências mercadológicas globais. “Já imaginou???? Um milhão de reais!!! (...) Se não participou, aproveite! E você que já participou, não esqueça, quanto mais torpedos enviar, maiores chances de ganhar!!! É o ‘Torpedão’ premiado.”!!!
E do que importa se o Brasil não chegou à final? Afinal tem seleção que já entra no campo com o pé direito. Talvez os jogadores tenham pensado assim quando estavam cara a cara com a bendita Jabulani. “Já somos campeões”. E cá entre nós, a partida final teria o mesmo brilho com o atual futebol apresentado pela seleção canarinho?? Mas a Grande brasileira comemora sempre. Desde o início convocou seu time e ninguém poderia ficar de fora. Aliados, seduzidos, falidos, confiantes, ganhadores e perdedores, crédulos investidores da mega-manipulação que uniu a Tim, a Vivo, a Oi e a Claro para caução da sua vitória na Copa.
A televisão aberta já me surpreende com sua contribuição para a educação do povo verde-amarelo. Mas a Globo me faz sucumbir às suas estratégias de relacionamento, confundindo-me quanto à necessidade de benefícios mútuos para uma relação bem sucedida.
Já que a educação mais acessível vem pelas mãos dos teus, o futebol é pentacampeão e logo mais tem campanha eleitoral: “É Campeão!!”
segunda-feira, 7 de junho de 2010
06 de junho
terça-feira, 1 de junho de 2010
Biografia Poética Elomar Figueira Mello
Iluminam a sala de amor;
Sete violas em clamores, sete cantadoresPara lá vamos todos ao som do moço