domingo, 22 de janeiro de 2012

luz


abra o peito para a vida
abra a vida para o amor
deixe o amor bater

sambe na dor...
chore da cor...

escorre a graça
quando passa luz

luz do peito
luz da vida
luz do amor
luz do samba
luz da cor
luz

circula
invade
e arrepia
a luz do sol
o próprio deus

abra o peito para a vida
abra a vida para a luz
deixe a luz passar
sinta o amor bater

a luz do sol , a luz de deus
a luz do mundo
é você

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Bahia. Uma Nação de Zumbis.

A “música quântica” emergiu do tambor para as mãos, das cordas aos dedos, do chão para o alto. Fluiu entre os homens ali.


A “música quântica” da Nação na Concha.


Era como se houvessem pontos menores que minúsculos sobre a minha pele. Por dentro já lotava minha bagagem; não sabia quando ia ou vinha.


Arremessaram mais que música: o povo, o mangue, a dor. Ê guitarra ... Ô tambor...


Dentro da Concha, a Bahia virou zumbi. Recebeu o maracatu e sumiu no céu.


A música ainda rasga alterando as batidas. Com uma tonelada de surdez já não sei quando ela, quando eu.


Carreguei o peso do meu som e cheguei à nação do maracatu.


Distante ainda escuto a zoada


E ainda sou zumbi.


Nação Zumbi , Concha Acústica do TCA, Salvador, Bahia. 15 de janeiro de 2012.