segunda-feira, 16 de setembro de 2013

pobre menino

foto: blogdtina.blogspot.com

Aquele que não sabe o que é, busca se encontrar nos salões de uma mulher.
A mulher vazia em salas vãs, abre suas portas ao Don Juan, que logo se perde novamente e pede ao amor novo cheiro, nova flor.

Qual jardim arado, de verde gramado, foi se perder jasmim e bem-me-quer?
Mal quer saber o varão onde está sua flor primeira, o derradeiro sabor da paixão.
Ela guarda por baixo das anáguas e do vestido azul, todo o mistério porvir.
Ele a viu no sonhar, mas acordado, haja beijo, flor, suor e despudor. 
A guarda num lugar fechado, de apelido coração.

Cheio de mãos ocupadas que apalpam a sem vergonha com força, xamego e xodó. Sossego que é bom... Deixou de lado quando deixou de ser menino; guardado num canto iluminado do sombrio casarão.

Ela te espera, menino!
Não escuta  o que conta o sol?
Vai dançar o canto da chuva! Deixa chover a alegria de chegar.

Abre os braços
fecha o ecler
estanca esse orgasmo desperdiçado.

Deixa o amor trazer,
sente a paz de receber
a verdadeira mulher.