terça-feira, 12 de outubro de 2010

Maria Calma.


Uma calmaria...

É Maria calada

Cala Maria

Mal vista molhada


Molho de trancas enferrujadas

Rudes,invadem Maria acatada

A ferem


Fala Maria com água

Derrama calmaria calada

Coração de Maria gelada

É ferida cicatrizada


Quieta menina bulida

Lamento precede


Maria cega de mágoa bendita

Gemida e sofrida

Abre-te ao desejo

Cede...


Excita-se crespa Maria

Que ria

Queria...


Acreditaria não mais calar

Sorria relutando acreditar

Todavia ia e vinha

Sabia...

Arrepio fora calmaria


E Maria calejada

Ainda calada

Via-se cálida em teu horizonte

Atrás do monte, plácida, dormia.


Maria é a cor do céu depois que o sol se vai. Todos os dias, belo. Todos os dias, calmo. Todos os dias, Maria.