Uma calmaria...
É Maria calada
Cala Maria
Mal vista molhada
Molho de trancas enferrujadas
Rudes,invadem Maria acatada
A ferem
Fala Maria com água
Derrama calmaria calada
Coração de Maria gelada
É ferida cicatrizada
Quieta menina bulida
Lamento precede
Maria cega de mágoa bendita
Gemida e sofrida
Abre-te ao desejo
Cede...
Excita-se crespa Maria
Que ria
Queria...
Acreditaria não mais calar
Sorria relutando acreditar
Todavia ia e vinha
Sabia...
Arrepio fora calmaria
E Maria calejada
Ainda calada
Via-se cálida em teu horizonte
Atrás do monte, plácida, dormia.
Maria é a cor do céu depois que o sol se vai. Todos os dias, belo. Todos os dias, calmo. Todos os dias, Maria.