sexta-feira, 23 de julho de 2010

Natal, a cidade que guarda nossa gente.






Sobre o farol Mãe Luiza, entre o mar e a mata atlântica, Natal respira. Caprichada nos traços, sua geografia impõe grandeza e os caminhos às paisagens marginais revelam uma cidade brasileira naturalmente rica e humanamente desigual.






No forte do Reis Magos as cicatrizes da labuta de erguer uma cidade branca, colonizada. Mas nada alcançariam seus canhões sem a península desenhada para avista-mar. Forte cercado de olhos, primeira construção civil de Natal. Em respeito às vidas tiradas pela terra coquistada, uma capela para rezar.






E o Potiguar? Orgulho de uma gente conservar seu sobrenome nas raízes dos primeiros donos da terra. Aliados a grupos carregados de metal defendiam sua cidade, Natal.
Com os recém-chegados, anfitriões vão para trás das cortinas.
Não é comum ver índios nas faces de Natal mas atente aos seus cidadãos, faça uma viagem à Bahia, ao Amazonas... Sinta os traços do nosso povo infiltrados em sua identidade. Veja, eles ainda são índios. Muito mais que eu e você. Serão, para sempre, Potiguar.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Essa natureza...

“Se minha flor fosse uma rosa a graxa seria minha frô desabrochada à beira da estrada, escancarada com farto sorriso que o vento lhe deu

E eu fico bem confuso no conflito de qual graça arremata insaciável coração

Até cavei um canto meu a cada perfume e não encontro modo de separar

Nem que eu quisesse, amordaçado mais que jardim cercado

Só queria um tiquinho de suas cores e levantar minha bandeira de amor dado por satisfeito

Só duas... Só tuas divididas cores nacionalizam apreço meu

Fertilizo de paixão nessa grama; nesse chão

Nas mãos a terra comprimida

Por todo o resto suas folhas

Adulando botão do orgasmo

Ah... Essa natureza.”

Ao meu filho.

Alimenta-me do seu amor

Faz o horizonte mais a mim

Ri com meus olhos do teu sorriso

Faz mais claro o sol deste dia

Colore minha imagem em seus cachos

Embaraça-me o ser.

Seria nada eu sem

O dom seu de me fazer feliz.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Rede Globo. Campeã da Copa de 21010

Não sou amante da televisão aberta, mesmo assim ela teve grande poder sobre minhas atenções durante os jogos da copa. Só não previa o meu bombardeio mental, retribuição involuntária ao seu massacre midiático envolvendo o campeonato mundial. Adriana Colin com seus olhos embriagantes, Cissa Guimarães pequena e graciosamente convincente, e como apelo final, “Ô louco meu”. Uma equipe de peso não tão mais pesado suportada por todas as operadoras de telefonia móvel. Todos contra um! O Brasileiro rendeu-se às clemências mercadológicas globais. “Já imaginou???? Um milhão de reais!!! (...) Se não participou, aproveite! E você que já participou, não esqueça, quanto mais torpedos enviar, maiores chances de ganhar!!! É o ‘Torpedão’ premiado.”!!!

E do que importa se o Brasil não chegou à final? Afinal tem seleção que já entra no campo com o pé direito. Talvez os jogadores tenham pensado assim quando estavam cara a cara com a bendita Jabulani. “Já somos campeões”. E cá entre nós, a partida final teria o mesmo brilho com o atual futebol apresentado pela seleção canarinho?? Mas a Grande brasileira comemora sempre. Desde o início convocou seu time e ninguém poderia ficar de fora. Aliados, seduzidos, falidos, confiantes, ganhadores e perdedores, crédulos investidores da mega-manipulação que uniu a Tim, a Vivo, a Oi e a Claro para caução da sua vitória na Copa.

A televisão aberta já me surpreende com sua contribuição para a educação do povo verde-amarelo. Mas a Globo me faz sucumbir às suas estratégias de relacionamento, confundindo-me quanto à necessidade de benefícios mútuos para uma relação bem sucedida.

Já que a educação mais acessível vem pelas mãos dos teus, o futebol é pentacampeão e logo mais tem campanha eleitoral: “É Campeão!!”