Não sou amante da televisão aberta, mesmo assim ela teve grande poder sobre minhas atenções durante os jogos da copa. Só não previa o meu bombardeio mental, retribuição involuntária ao seu massacre midiático envolvendo o campeonato mundial. Adriana Colin com seus olhos embriagantes, Cissa Guimarães pequena e graciosamente convincente, e como apelo final, “Ô louco meu”. Uma equipe de peso não tão mais pesado suportada por todas as operadoras de telefonia móvel. Todos contra um! O Brasileiro rendeu-se às clemências mercadológicas globais. “Já imaginou???? Um milhão de reais!!! (...) Se não participou, aproveite! E você que já participou, não esqueça, quanto mais torpedos enviar, maiores chances de ganhar!!! É o ‘Torpedão’ premiado.”!!!
E do que importa se o Brasil não chegou à final? Afinal tem seleção que já entra no campo com o pé direito. Talvez os jogadores tenham pensado assim quando estavam cara a cara com a bendita Jabulani. “Já somos campeões”. E cá entre nós, a partida final teria o mesmo brilho com o atual futebol apresentado pela seleção canarinho?? Mas a Grande brasileira comemora sempre. Desde o início convocou seu time e ninguém poderia ficar de fora. Aliados, seduzidos, falidos, confiantes, ganhadores e perdedores, crédulos investidores da mega-manipulação que uniu a Tim, a Vivo, a Oi e a Claro para caução da sua vitória na Copa.
A televisão aberta já me surpreende com sua contribuição para a educação do povo verde-amarelo. Mas a Globo me faz sucumbir às suas estratégias de relacionamento, confundindo-me quanto à necessidade de benefícios mútuos para uma relação bem sucedida.
Já que a educação mais acessível vem pelas mãos dos teus, o futebol é pentacampeão e logo mais tem campanha eleitoral: “É Campeão!!”