O ventre
de Pernambuco é um solo iluminado sob a lua fértil
de quem
entregou um ser tão ao povo seu,
sertanejo
ou não, retirante ou não,
entra
dentro do país, o povo de seu Luiz
(...)
A mesma
mão que cava o solo
ataca o
couro do morto animal
(...)
Mão que
lavra a terra invoca o som de dentro dela
vem dela
a música em mim
de lá
para dentro de mim
A mão
que toca o chão, toca bongo, toca eu
é uma
surra de não sei parar
mãe
bate, e bate com amor
(...)
Na
terra mãe, a lua toca o sol de manhã
o sol toca
o solo
o solo sou
eu
Terra que
dança dentro de mim.