domingo, 5 de dezembro de 2010

Dez anos depois...


Se estivesse casada, hoje comemoraria dez anos da relação que me trouxe conquistas imensuráveis. Dentre elas a maior desta vida: Meu filho.
A pouco mais de um ano me dei conta de que as conquistas de outrora não progrediam com o passar dos meses; e probabilidades de evolução haviam estagnado como o pão nosso de cada dia.
Decidi então encher a grande mala de conquistas somadas e fugir.
Mergulhei em uma relação com a dedicação de que dispunha e amor incondicional. Tomamos carinho, orgasmos, valores altivos e títulos que nenhuma outra semelhança será capaz de borrar, nem a vida com sua força soberana poderá arrastar.
Descobri as valiosas dimensões de ser única e escolhi a fantástica liberdade de estar em tudo.
Se estivesse casada, tudo não passaria de um sonho gigante pairando realidade pequena ancorada em ilha deserta povoada de piratas fracassados e pequenos pensamentos se embriagando de cachaça comum em garrafa de nobre rum.
(...)
Descobri que transborda em si o amor que vale à pena e aprendi que por grande amor toda dor é pequena.