segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Poligamia


Quisera lembrar narrar esse encontro

Tuas correntes ainda tecem o fluxo orgasmo

Nobre máximo...


Tua calda gelada excita

Brinca com sol de aquecer

Vento faceiro,frio derradeiro

A marionete seduzida

O soberano encantador


Lanço mão vozes formosas

A ouvir teu choro

E outras vozes lhe cantam

Todas elas belas


Longe dos que passam canta pai d’água

Perto dos que tem, águas do meu pai


Declaro esta hora libertina liberta

Abertos braços separam pernas

E suam juntos

Juá,Petró,o Chico e eu.


Juazeiro, 04/09/2010.

eus homens meus


Viro observando os homens que me tem e também os que me passam

Seus dias, noites, graças, rancores e mais...

Nossos, aliás.


Cretino. Maldito. Pensamento me fugiu

Comum ao corte do abrir bolsa e raptar caneta

Captura-me a quebra

Corta ela a ponta do pensamento

O lança no vento


Hoje escolhi não sentar à mesa, no bar.

Talvez não me embriague

Somente brigas e pazes

Acomodei-me longe da canção

De olhos e vozes

De seus agouros

Agourei-me.


Às vezes careço longe de todos e de mim

E mesmo que o fio do meu diálogo oculto se parta ao frio fluvial

Sere eu mais quieta. Tantas mais eu.


A fervura que me aquecem os que passam me parece parecer

E dentre os que me tem, sei parecer distante do ser

Os homens que me passam são previsíveis, relevantes

Certas feitas desprezíveis.

(...)

Escuto minha música entre eles. Entro em mim e vou.

Escrachos

É curso, molécula

Não irrita os olhos

Irriga a alma

Trata dela com sabedoria

Claro dia logo chega


Espera não...

A noite tece frio e cobertor

Lembranças tuas tão dignas

Divinas vividas por onde passou


Lança nas águas mágoas calmas e afins

Finda almejo e vê o que vejo

Cristais dançam na palma do Chico

Aquele com quem te deitas

Irriga tuas entranhas e quebra tuas represas.Publicar postagem


Salvador, 05/09/2010