terça-feira, 30 de outubro de 2012

Repousar... Flutuar...

Certas vezes
uma certeza além-mim é o que escuto
lá de dentro
ou vejo
aqui de fora

Uma mensagem que recebo
como se alvo eu fosse

Através de súbitos olhares
despretensiosos pensamentos
indizíveis sensações

coroados sentimentos
pelo presente da verdade:
a natureza da alma

o silêncio me leva aonde ser é tudo
e ser é nada

repousar...
flutuar...

Divã.

Dia nublado
as nuvens brincam de esconde-esconde com as montanhas
o vento é leve, mas frio que só.

As aves marinhas estão a cumprir seu papel
navegando conforme o vento
pescando de tempo em tempo
mantendo o equilíbrio
por suas asas, penas e bicos.

Os surfistas estão agasalhados
e o quadro em que viajo se ampara
neste humilde olhar sobre a miragem fluminense.

A areia de Copa é meu divã
seu mar e céu de pedra a vista,
o quase-silêncio da segunda chuvosa
são os mestres d'um solitário andarilho

E se o caminhante buscador abusa
da malemolência de suas ondas meninas
é poesia universal
harmonia e rima.

sábado, 27 de outubro de 2012

vinte e seis.

Continuo a pensar em você
Todos os dias

Alguns dias falo em você
Tira-teimas inesperados me dizem necessária a sua presença em mim
Por vezes acredito, outras reluto

As evidências não deixam de vir
Tento conter meu coração
O mantenho sereno por ser o amor genuíno. Incondicional

O rio continua a correr
Em alguns momentos eu tento parar.


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

eu te amo.

eu te amo
meu coração pensa em ti
meu coração não sabe amar
alguém que não você

eu te amo
e te vejo
te vejo de longe
te vejo

te amo
e conto a quem sabe ouvir
o que a ti não posso dizer:
eu amo, amo você

liberdade

se permita o prazer de ser descoberto
libertando a angústia do tanto buscar

te encontram os calos e frases
as folhas e rios

frio, calor, calafrio

coração
calma
frenesi

apenas sinta.


terça-feira, 2 de outubro de 2012

eu, infinito.

Que não viva apenas para o mundo lá fora. Para o outro.

Lá dentro de você tem uma comunidade de pensadores pedindo atenção para compartilhar ideias e reflexões magnetizadas com o infinito. 

Quando o belo toca o Eu, aprimora a convivência com o mundo lá fora. Com o outro.