segunda-feira, 18 de agosto de 2014

"Aninha"

poema de lágrima
joia d’água
coisa rara...
e sabe quem é

“escute aqui, seu fulano
fique sabendo uma coisa,
gosto mesmo é do meu samba!”

segura a menina
sorrindo e sambando
feliz do menino que cresce
com pandeiro na mão

cidade monumento
história se faz é com ação,
coração de mãe
e abraço especial

a filha da senhora
é mãe dos herdeiros
a engrenagem freitas
da família designada

me conta sorrindo
e eu a chorar...
memória e lembrança
de vida que não acaba

na cozinha ela prepara
a pipoca de mainha
a pipoca de Obaluaê
ela não para...

me fala baixinho
chorosa recorda Luci
mãe, filha e irmã
a sua joia de axé

cuida da gente
com tanto carinho
talvez não saiba
que também cuida de mim

faz do presente um sorriso
guardado na alma
é cantadora e sambadeira
do mirim à dona Dalva

seu nome é Ana
e eu só sei dizer Aninha
a flor do recôncavo
no infinito desabrochar

eis um ingênuo poema pra ti
pétala da divina flor
Aninha, diva e flor
do meu jardim de amor




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