foto: Afronaz Kauberdianuz
Um sentimento de unidade se
alastrou pela cidade. Logo tomou conta de um país que parecia dormir. Nesta
hora ignoramos as nossas cores, profissões e conquistas sociais e fomos às ruas
para dizer: AS COISAS NÃO ESTÃO BEM!
Fomos
exigir nossos direitos, o mínimo possível de dignidade enquanto cidadãos que pagam
seus impostos e precisam de retorno para esses investimentos. Nós somos os cidadãos
pacíficos saturados de tanta passividade. Nós somos aqueles que disseram BASTA!
Neste processo de manifestação,
alguns cidadãos certamente muito revoltados e despreparados para o manifesto discursivo,
tiraram proveito da situação, agindo contra o nosso patrimônio.
Nós, manifestantes legais, não
fazemos parte disso e não concordamos. Não viemos promover batalhas sangrentas, como em outros momentos da
história. Vivemos outro momento e temos em nosso favor uma rede de informação onde veiculamos (compartilhando e curtindo) nossos sentimentos comuns. UMA SÓ
VOZ!
Mas será que em nosso dia-a-dia,
AGIMOS COMO UM? Ou fomos para as ruas apenas como contingente para gritos de
guerra?
(...)
É hora de pensar unidade como toda reunião entre duas ou mais pessoas.
Na sua família, há uma unidade de
interesses ou cada um cuida de si? Na turma da escola ou faculdade, estão todos
visando os benefícios do coletivo associados aos individuais, ou cada um cuida
de si? E no bairro, na empresa, na cidade, no estado, no país?
Uma comunidade reúne interesses,
direitos e deveres comuns às unidades que representa.
Passado o orgasmo da revolução,
deitemos a cabeça no travesseiro sem a sensação de que acabou. Nossa relação
patriótica não pode ser semelhante à atual banalização sexual, que tornam efêmeras as relações a dois.
Já fomos às ruas, já gritamos,
nos articulamos, reunimos e mostramos que nós conduzimos essa nação e
faremos revolução sempre que estiverem em débitos conosco. Eles já sabem
do nosso poder e autonomia.
A REVOLUÇÃO COMEÇA AGORA!
Propomos
mudanças, e elas acontecerão. É óbvio que não será exatamente como cada um deseja,
mas está acontecendo e medidas continuarão a ser tomadas por trás das bancadas
políticas. "Quem imaginou?"
ENQUANTO ISSO...
A Revolução é una, mas o
objetivo continua sendo comum. É hora de fazer revolução progressiva com
muita educação e exemplo. Cada beija-flor carregando seu tantinho de água para
apagar o incêndio da floresta. Nossa comunidade é formada por bons advogados,
médicos, artistas, professores e outras classes profissionais. E foi
emocionante ver cada um colaborando para o BEM DE TODOS!
SOMOS BRASILEIROS! E vamos manter
esse discurso em nosso dia-a-dia, transmitindo àqueles que vivem à deriva da
comunidade.
É HORA DO DEVER DE CASA, E TODO
DIA TEM LIÇÃO!
Quem imaginou que essa união
seria possível? Mas aconteceu. Mostramos que estamos juntos e temos necessidades e desejos comuns para a nossa cidade, estado, país.
SÃO NOSSOS DIREITOS!
E os deveres? Onde ficam nessa
história? Como vamos exigir que o sistema faça a sua parte, se não fizermos, cada
um, a sua?
É preciso continuar juntos, cuidando,
protegendo, escutando, auxiliando, informando... Fomos às ruas falar de
política. Vamos manter esses diálogos nas escolas, nas praças, nos bares,
botecos, nas confraternizações de família.
Agora que engrenamos, vamos manter a
constância porque esses acontecimentos mostram que estamos vivendo a ERA DA COMUNICAÇÃO! Então, aqueles que são mais articulados neste sentido, precisam propor
diálogos, levantar questões e não deixar a mídia ocupar novamente as nossas
mentes com assuntos supérfluos que nos mantém à deriva do nosso sistema.
NÓS SOMOS
PARTE DO SISTEMA!
ESSE É O CHAMADO! Vamos acordar
para o bem comum todos os dias, para que não se perca o sentido de
Unidade e Comunidade. Cada um que está aqui é um pouquinho de Brasil. Somos um país.
A receita é muito simples e somos
desafiados o tempo inteiro pela honestidade, pelo caráter, pela gentileza... A
resposta para tudo isso está dentro de nós, em um canto expansivo chamado
consciência.
Precisamos manter essa consciência
coletiva. Se eu tiro do meu irmão, pensando em interesses particulares meus, estou
rompendo a corrente da comunidade. Se eu colaboro com ele, estou fortalecendo a
nossa corrente e aumentando o nosso poder de articulação.
E o melhor de tudo é que não
precisamos de polícia para nos punir, a consciência é uma lâmpada acesa sobre o
arquivo vivo de nossas mentes.
E a reflexão é simples: Se é bom
para mim, não prejudica o irmão e fortalece a comunidade, posso seguir. Caso
haja impasse em um dos três pontos, consulta-se novamente o arquivo vivo até
encontrar uma solução viável e menos agressiva ao todo.
A PRÁTICA APRIMORA OS
SABERES.
Então, cidadãos brasileiros, irmãos
em pátria, vamos ocupar nossas casas, bairros, cidades e país com amor e consciência?
Vamos tentar estrangular aquele “jeitinho brasileiro” que quer resolver tudo
com oportunismo? Vamos ser para nossos companheiros, amigos e desconhecidos o
que desejamos que eles sejam para nós? Vamos manter a corrente ainda mais forte e se as mudanças que propomos ao nosso sistema não forem suficientes, vamos
gritar novamente porque O POVO ACORDOU!
E não pode mais dormir! A luta
continua em cada guerreiro de nosso país! É um trabalho contínuo como educar
nossos filhos, como manter as nossas famílias, nossos empregos. Vamos respeitar uns aos outros e
exigir respeito para o nosso povo que trabalha, trabalha e trabalha por um país
que é seu.
AGORA QUE CHEGAMOS AQUI, NÃO VAMOS DEIXAR A
CORRENTE ROMPER!!