Lá dentro bem dentro eu sinto de longe a dor partir. No centro, escuro e silencioso centro, a cura começa a alumiar. É lá que é de verdade.
A dor há e haverá para todo o sempre desta carne nada perene.
Falo da eternidade. Onde me vejo, onde tu pode me ver.
Falo da eternidade. Onde me vejo, onde tu pode me ver.
Lá centro bem centro eu sinto um vrrrrr que vai tomando o caminho das extremidades. Lá no ponto mais profundo das tripas tudo é longe, a escuridão é clara e o silêncio é um orgasmo múltiplo.
A dor há. É tanto que a carne fere.
O espírito no entanto é leve. Ele até mergulha mas é para aprender voar. E quanto mais profunda a luz, mais alta a escuridão. Assim se cresce.
Sê poesia nestes lugares de tanta dor. Que a alma possa degustar o presente deste corpo, porque a carne é um sopro.
Êta força de agosto.
Máximo respeito. No mais, só gratidão.
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